


Entre 1984 e 1986, Johannes mobilizou a comunidade para o mutirão habitacional em prol das vítimas das enchentes do rio Longá que construiu o bairro Cristo Redentor. Um cenário o intranquilizava em especial, milhares de lavradores fugiam do campo, no início dos anos noventa, para a cidade, o desenraizamento de suas origens culturais e familiares resultava em carências, no embrutecimento da luta pela mera sobrevivência e deixava as crianças à mercê da própria sorte.
Surgiam as drogas que substituíam afeto por alucinação, irrompia a violência na conquista frustrada do reconhecimento, iludia a prostituição o desejo por amor. A entrada precoce de crianças no mercado de trabalho as fez abandonar a escola. Elas trabalhavam em carvoarias, lixões, no matadouro e nas ruas.
Durante 25 anos, ficou incansavelmente ao seu lado a pedagoga esperantinense Sônia Maria Oliveira Amorim, exemplo de vida e dedicação.
AMARE angariou apoio na Alemanha, os primeiros foram Klaus Nickl, padre e amigo dos tempos de universidade, e a juíza Elisabeth Winkelmeier-Becker que em 1996 criou em Siegburg, sua cidade natal, a Associação de Promoção a AMARE.
Nos anos noventa, vieram os médicos Martina e Bernhard Huschka com uma equipe de teatro infanto-juvenil Ohrwürmer, organizações ligadas à igreja católica e a fundação Rudolf Muno.