por Mayla Costa e Johannes Skorzak
Mesmo debaixo do sol abrasante, desde cedo de manhã, os moradores de Esperantina se espremiam nas raras sombras ao longo do trajeto do desfile cívico.
Todos unia uma grande expectativa para o tradicional Desfile da Independência no 7 de setembro. Cada um dos espectadores vibrava por um filho, amigo ou parente no meio da parada. Entre 20 escolas, estavam lá quase duas centenas de assistidos, unindo apresentações de danças nordestinas à já famosa banda de adolescentes da AMARE, o “Olodum do Piauí”. O ritmo envolvente, a energia contagiante e a arte liberavam forças que transformaram uma coletividade aparentemente difusa em uma solene celebração cidadã.
Contudo, se aproveitou a ocasião para abordar temas cruciais da sociedade. Com as suas faixas estendidas, crianças e adolescentes trouxeram à tona preocupações do Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental e à prevenção do suicídio. Assim como a música e a dança conectam pessoas, é urgente se ligar e estar atento a sinais de crianças e adolescentes, atordoados e angustiados pelas crises da vida.
Não podia ficar de lado a manifestação pública contra o abuso sexual infantil. Esta questão precisa ser enfrentada com coragem e sensibilidade. Durante a caminhada, assistidos levantaram cartazes que apelavam ao público do desfile a educar seus filhos com respeito ao corpo.
Ao final do evento, os participantes do desfile da independência, demonstraram a força que se tem quando a comunidade unida alerta por questões que afetam a vida de tantos.
Juntos, podemos fazer a diferença!
Fotos: Mayla Costa
