por Hianca Fontineles e Hamilton Junior, psicólogos
AMARE realiza seu trabalho de intervenção social há 33 anos em Esperantina e região, contribuindo, protegendo e garantindo os direitos de crianças e adolescentes e de suas famílias. Sua prática tem como alicerce o artigo 227 da Constituição Federal, de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e a Política Nacional de Assistência Social (2004), entre outros. O caráter de organização da assistência social assume na prática a luta pela manutenção e defesa dos interesses individuais e coletivos dos cidadãos mais vulneráveis e indefesos.
No cotidiano, AMARE oferece atividades socioeducacionais, oficinas esportivas, educativo-culturais e cursos pré-profissionalizantes, atendimento psicossocial e psicopedagógico individual e coletivo, apoio escolar, segurança alimentar (com três refeições diárias) e acompanhamento familiar com visitas domiciliares semanais. A instituição se articula com a rede através da referência e contra referência com os setores da garantia de direitos no município de Esperantina-PI e participa, como membro titular, efetivamente nas decisões dos Conselhos Municipais de Assistência Social e de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente.
As atividades na organização se desenvolvem em um ambiente saudável, garantida a aprendizagem de habilidades e competências socioemocionais, a segurança e a socialização entre os assistidos.
O cuidado emocional se expressa em atendimentos psicossociais individual, coletivo ou por acompanhamento familiar. Eles possuem como principal objetivo atender os assistidos em suas necessidades imediatas, sejam de ordem emocional, psicológica e social por meio de rodas de conversas, atendimento individualizado e visitas domiciliares. Em rodas de conversa, são discutidos temas multidisciplinares, cuidado físico e emocional, prevenção de violências, cuidados na infância e adolescência, garantia de direitos e formação cidadã. Através do acompanhamento familiar e das oficinas intergeracionais são garantida, às famílias, a construção e o fortalecimento de vínculos.
Cada atividade é pensada para proporcionar aos assistidos o seu desenvolvimento pleno, amenizar o sofrimento emocional, torná-los conscientes dos seus direitos, capacitá-los para enfrentar os desafios do cotidiano, fortalecendo e os tornando autores de sua própria história, para que possam (re-)significar as marcas deixadas por traumas, de violência física ou psíquica, e pela desigualdade social.